O PMDB passou a controlar o Congresso com a eleição, ontem, de José Sarney (AP) para a presidência do Senado e de Michel Temer (SP) para a da Câmara. A vitória teve o apoio do Planalto, que abandonou a candidatura do senador petista Tião Viana (AC) e operou para ajudar Temer. A ação irritou os petistas -um deles, o deputado Walter Pinheiro (BA), disse que "0 PMDB vai mandar na sucessão do presidente Lula". Hegemônicos pela primeira vez desde 1992, quando estourou o escândalo dos anões do Orçamento, líderes peemedebistas falam até em lançar nome próprio para a sucessão presidencial. Na verdade, porém, o partido quer a vaga de vice - que pode ser tanto na chapa governista como na da oposição tucana. O PMDB, como é tradição, deverá cobrar caro pelo apoio ao governo em seus dois anos finais de mandato. Sarney e Temer anunciaram que vão votar todos os projetos apresentados pelo Planalto contra a crise econômica. Em seu discurso, Sarney rejeitou a afirmação de que a escolha dele foi um retrocesso: "O espírito público não envelhece".
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