
- Por mais que possamos modernizar, aperfeiçoar [o Legislativo], não iremos longe se não tivermos um Legislativo afirmativo, valorizado e respeitado - enfatizou Garibaldi, durante o evento promovido pela Comunidade Virtual do Legislativo (Interlegis), nesta quinta-feira (12).
O presidente do Senado desafiou ainda os prefeitos municipais a não ficarem de "pires na mão" em busca de recursos do governo federal e a não se submeterem a pressões de promotores públicos.
- Um promotor não pode dizer o que um prefeito deve fazer - afirmou Garibaldi, que recordou ter dito ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que sua competência é a de julgar e, de modo semelhante, comparou, o Ministério Público deve agir "com moderação e não exorbitar [de suas funções].
Garibaldi voltou a criticar o excesso de medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo, prometeu devolver outras MPS a exemplo do que fez com a chamada MP das Filantrópicas , caso cheguem ao Senado outras medidas de teor similar. Ele insistiu que sendo o Brasil uma federação não pode sê-lo apenas no nome, e que prefeitos e vereadores devem ser respeitados.
O senador Efraim Morais, 1º secretário do Senado, foi responsável pela implantação do Programa Interlegis nas assembléias estaduais e câmaras municipais do país. Ele explicou o objetivo do fórum.
- Para o Interlegis, a integração do Legislativo significa criar mecanismos e oportunidades para que vereadores, deputados estaduais e federais e senadores possam trocar experiências e informações - disse Efraim.
O senador informou que, em quatro anos, o Interlegis já executou mais de 38 mil treinamentos e 4 mil alunos receberam treinamento presencial. Dos 5.562 municípios brasileiros, complementou o senador, 4.334 aderiram ao programa Interlegis.
- Já assinamos convênio no valor de US$ 32 milhões para o Programa Interlegis 2 - anunciou Efraim - referindo-se à continuidade do programa de modernização tecnológica das câmaras municipais.
Ao chegar ao fórum, o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, referiu-se ao banco de dados do Interlegis disponibilizado às assembléias estaduais e câmaras municipais como "uma grande revolução, seja de recursos humanos, seja de recursos tecnológicos, ao destacar a Internet como meio de democratização do acesso à informação.
A mesa do Fórum de Integração do Legislativo, além do presidente, do 1º secretário e do diretor-geral do Senado, foi composta pela governadora do estado, Vilma de Faria; pelo deputado federal Rogério Marinho; pelo presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, Robinson Faria; pelo presidente da Câmara Municipal de Natal, Dickson Nasser; e pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIRN), Flávio José Cavalcanti de Azevedo.
Cristina Vidigal / Agência Senado)
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