MARCOS DA EMATER

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Extensionista Rural da EMATER-RN, político,Vice Presidente da COAMAB,Estudante de Direito,amigo dos amigos, cidadão baraunense.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Transcrito do Blog do JOSIAS DE SOUZA

Lula Marques/Folha
A dois meses da eleição para a presidência da Câmara, a contabilidade da disputa é francamente favorável ao candidato Michel Temer (PMDB-SP).
O deputado fechou a semana com o apoio declarado de 12 partidos. Além do PMDB, estão com Temer: PT, PSDB, DEM, PPS, PR, PTB, PV, PSC, PTC, PHS e PTdoB.
Juntas, essas legendas abrigam 398 deputados. Temer precisa de 257 votos para prevalecer já no primeiro turno. Sobram-lhe 141 votos.
Ou seja, para que Temer saia derrotado da sucessão de Arlindo Chinaglia (PT-SP), é preciso que haja 142 Silvérios do seu lado.
Como o voto é secreto, quem disser que põe a mão no fogo pelos aliados arrisca-se a sair chamuscado. Mas parece improvável que as traições cheguem a tanto.
Os dois principais adversários de Temer são Ciro Nogueira e Aldo Rebelo. Manejam os votos do PP e das legendas que integram o bloquinho: PCdoB, PSB, PDT, PRB e PMN.
Esses seis partidos somam 108 votos. Um quarto deputado, Osmar Serraglio (PMDB-PR) entrou na briga, como candidato "avulso", nesta sexta (19).
Para que Ciro, Aldo e Serraglio consigam empurrar a eleição para o segundo round, precisam angariar 258 votos.
Na ponta do lápis, teriam de pescar 150 traidores nas legendas que se acertaram com Temer. De resto, precisariam assegurar a fidelidade de 100% os seus aliados.
Temer se diverte: "Meus adversários falam das traições a que estou sujeito. E não contam com nenhuma traição do lado deles".
Precavidos, os estrategistas de Temer trabalham com uma espécie de "índice de traição". Fixaram-no em 30%.
Aplicando-se o índice ao cesto de votos de Temer (398), chega-se a uma traição potencial de 120 deputados.
Subtraindo-se esse contingente de quintas-colunas dos quadros dos 12 partidos fechados com Temer, ainda sobrariam 278 votos.
Ainda que se confirmasse essa torrente de traições, Temer ainda somaria 21 votos além do mínimo necessário de 257.
Os adversários de Temer enxergam no PT e no DEM os dois maiores ninhos de Judas do candidato favorito.
A bancada do PT soma 80 votos. Ciro Nogueira estima que vai pescar 40 votos na bancada do DEM. Façam-se as contas: 80 + 40 = 120.
Supondo-se que toda a bancada do PT traísse Temer e que Ciro conseguisse atrair a simpatia de quatro dezenas de 'demos', ainda não se chegaria às 142 defecções necessárias para arrancar a vitória de Temer.
Os adversários de Temer vão à disputa pendurados na aposta da traição. O candidato do PMDB vai à eleição com o apoio institucional da maioria dos partidos.
Organizada como um superbloco, a locomotiva de Temer negocia a repartição dos demais cargos da Mesa diretora da Câmara.
Algo que ajuda a amarrar os votos. Por exemplo: na última quinta (18), negociadores do PT fecharam com Temer a participação da legenda na mesa.
Para a vaga de primeiro-vice presidente, indicou-se Marco Maia (PT-RS). Para o posto de terceiro-vice-presidente, Odair Cunha (PT-MG).
Nesse encontro, que contou com a presença do líder do PT, Maurício Rands (PE), o partido de Lula tratou de tranqüilizar Temer. O petismo jura que não vai trair.
Por duas razões: 1) A eleição de Temer interessa a Lula; 2) Ao PT não interessa criar desavenças com o PMDB, espécie de "namoradinha" de 2010.
Três dias antes, Temer estivera com o próprio Lula. Ouviu dele a seguinte frase: "Ô, Temer, não tenha a menor preocupação. O PT inteiro vai votar com você. Interessa para o governo".
Algo que destoa de comentários que lideranças do PSB dizem ter ouvido do presidente, que teria condicionado a fidelidade a Temer ao comportamento do PMDB no Senado.
De resto, a cúpula do DEM assegura a Temer que, na seara 'demo', as traições não passarão de dez. A direção do PSDB conta em três os traidores.
A se confirmar esse quadro, o jogo estaria jogado. Para que a taça seja arrancada da mão de Temer, os partidos teriam de se revelar aglomerados de trapaceiros.
Escrito por Josias de Souza

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